domingo, 26 de abril de 2015

Acabamento em Carros Recém Pintados e Peças Retocadas Repintadas em Repintura Automotiva (Vídeo Aulas): 1. Polimento Técnico em Repintura - O que é? Como funciona? Como fazer?

Olá pessoal, tudo bem?

Estamos dando inicio a nossa nova série que trata do tema "Polimento Técnico em Repintura". Recentemente trabalhos na repintura de um capô totalmente amassado, utilizando tinta PU preto sólido, conforme você pode conferir assistindo aos vídeos da série "Como fazer funilaria e pintura automotiva".


  • Como fazer para remover defeitos em peças recém pintadas?
  • Acabei de pintar meu carro ou efetuei uma pintura automotiva, como remover escorridos? Como remover casca de laranja? Quais defeitos saem com polimento? Quais defeitos não saem com polimento?
  • O que é polimento técnico em repintura?
  • Porquê lixar a pintura antes de polir?
  • Quando devo lixar a pintura antes de polir?
  • Qual lixa devo utilizar para lixar a pintura, seja ela verniz pu ou tinta pu (altos sólidos)?
  • Quais produtos para polir devo utilizar?
  • Como devo executar / fazer o lixamento?
  • Como devo executar / fazer o polimento?
  • Qual é o passo a passo para um acabamento perfeito livre de marcas de lixa?
  • Qual é o passo a passo para um acabamento perfeito livre de marcas circulares (hologramas)?
  • Quais os cuidados especiais para o polimento em repintura?
  • Quais os cuidados com ceras e selantes no carros recém pintados?

Todas essas dúvidas serão sanadas em um passo a passo de como fazer o processo de polimento e acabamento em peças e carros recém pintados.

Vamos ao vídeo de introdução?




No próximo post, entraremos em detalhes sobre o processo de lixamento e iremos abordar o tema das lixas utilizadas para o processo de remoção de casca de laranja e escorridos da pintura.

Um abraço e até a próxima!

Obrigado.

sábado, 25 de abril de 2015

Dicas e princípios básicos de Pintura Automotiva Tricoat (Três Camadas)

Fala galera, tudo bem?

Recentemente recebemos uma dúvida em nosso canal sobre a pintura tricoat. Tricoat significa 3 camadas, ou seja, temos basicamente 3 padrões de acabamento final em termos de pintura e tinta no mercado:

  • Uma camada: Tinta PU (Altos Sólidos, Esmalte Poliuretano).
  • Duas camadas: Tinta Poliéster e Verniz PU (Altos Sólidos, Esmalte Poliuretano).
  • Três camadas: Uma camada de cor base normalmente sólida, uma camada de resinas e pigmentações metálicas (perolizadas, também chamadas de camada pérola) para dar o efeito desejado, seguidas então pelo Verniz PU (responsável pelo brilho e reflexo).
Essa técnica abre um leque enorme para customizações de cores tanto pelas montadoras como por restaurados e também entusiastas em pintura como eu. 

As cores chamadas tricoat são obtidas fazendo o processo de aplicação das 3 camadas, sendo a pintura dividida em 3 estágios:
  1. Aplicação da camada de cor base: Normalmente um tom sólido, em base poliéster.
  2. Aplicação da camada intermediária: Pode ser outra cor, em uma ou duas demãos como também pode ser a mistura entre resinas transparentes e pigmentações metálicas / perolizadas, aplicadas em uma, duas ou 3 demãos simples na peça a fim de obter um resultado único em cima da cor base.
  3. Aplicação da camada de verniz: 3 demãos como recomendado na área de pintura automotiva.
Existem também os vernizes perolizados, que podem entrar no estágio 3 apresentado acima, dando uma boa gama de customização das cores.

Vamos analisar alguns aspectos: 

Vimos que esse tipo de pintura exige mais técnica e preparo para se fazer, bem como um ambiente mais profissional, seja em termos de equipamento como em termos de controle de ar, exigindo uma estufa ou no minimo algo mais fechado e ventilado ao ponto de não sofrermos com o overspray e nem com a contaminação externa.

Outro fator importante é: E para retocar uma pintura tricoat?

É algo complicado. Vai exigir obrigatoriamente pontas de prova para aplicação das demãos da camada intermediária, normalmente 4 pontas de prova, todas com 3 demãos de base, uma com 2 demãos da camada intermediária, outra com 4 e finalmente uma com 6. As demãos são empoeiradas, nada de excesso. Essa é uma das técnicas para se chegar à cor original do veículo que estamos retocando, também utilizada nas cores criticas como o prata.

E se eu for pintar algo em tricoat? 

Guarde muito bem as informações referentes à quantas demãos você deu de tinta e camada intermediária, para futuramente poder acertar eventuais repinturas, além de fazer a pintura de maneira sempre igual em todas as peças, à fim de minimizar diferenças de coloração referentes a "dar uma carregadinha a mais aqui, passar mais um pouquinho ali" e assim por diante. Faça a pintura de maneira uniforme.

Quais as minhas recomendações pessoais para você que vai fazer uma pintura tricoat?
  1. Compressor: Nada de querer repintar uma peça ou fazer uma pintura completa em tricoat com compressor de ar pequeno, recomendo no minimo 200 litros e 15 pés. Para retoques e pinturas peça a peça, 150 litros de reservatório.
  2. Pistola de Pintura: Uma boa pistola que minimize ao máximo o overspray e tenha funcionamento 100% homogêneo, com leque bem acertado para evitar concentração de pigmentação em alguns pontos da área de cobertura do leque. Além disso, teremos que ter em mente que: Se trabalharmos com uma só pistola, deveremos obrigatoriamente limpa-la completamente 2 vezes durante o trabalho, uma após a base poliéster, outra após a camada perolizada e por fim a última delas após a aplicação do verniz.
  3. Técnica de Pintura: Fazer as passadas (demãos) de forma homogênea, sem concentrações em alguns pontos.
  4. Ambiente tratado: Recomendo o uso de cabines de pintura para previnir contaminação do ar e problemas, tendo em vista que serão 3 camadas de acabamento sendo aplicadas de uma só vez.
  5. Pratique antes de pintar pra valer.
  6. Tenha em mente que você irá demorar um bom tempo para fazer esse tipo de pintura.
Acredito que é isso. Espero que tenha sido útil para vocês e, em caso de dúvidas, podem deixar seus comentários que na medida do possível tentarei responder e buscar informações o mais breve possível.

Obrigado!

Até a próxima.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Revitalização de Pintura: Recuperando Pintura Queimada com Polimento, Cristalização e Vitrificação. Passo à Passo Completo com Politriz, Roto Orbital e Polimento Manual (Vídeo Aulas)

Fala galera, tudo bem? 

Saiba tudo sobre pintura queimada! Suas causas, soluções e quando é possível ou não recuperar a pintura queimada neste curso completo.

Estamos aqui para comentar e organizar o conteúdo da série sobre "Revitalização de Pintura Automotiva Queimada (Fosca / Opaca / Sem Brilho)".

Pré requisitos: 

  • A pintura não pode estar com o verniz descascado, caso esteja, o processo correto será a repintura. Não é possível aplicar somente verniz sobre a pintura e nem polir para recuperar a pintura caso o verniz esteja descascando.
  • Caso a pintura esteja com a camada de verniz ou tinta pu muito fina, certamente corremos o risco de expor a base de tinta poliéster ou fundo no processo de polimento.
O motivo deste post é organizar os vídeos por temas, facilitando a busca pelas informações.

Vídeo 1: Lavagem e considerações sobre a peça, poder das ceras sobre a pintura.


Vídeo 2: Processo de descontaminação de pintura com clay bar em barra e clay bar em disco (clay disc).


Vídeo 3: Processo de polimento manual utilizando:
  • Hand Pad e Boinas de Velcro de Espuma.
  • Compostos polidores NSWAX: Extra Forte e X-Fine.
  • Proteção: Cera NS Paste Wax.

Vídeo 4: Processo de polimento utilizado politriz automotiva rotativa (convencional) utilizando:
  • NSWAX Boina de lã amarela super macia + composto polidor Extra Forte.
  • NSWAX Boina de lã amarela super macia + composto removedor de hologramas 2 em 1 X-Fine
  • NSWAX Boina de espuma preta super macia + composto removedor de hologramas 2 em 1 X-Fine.


Vídeo 5: Processo de polimento utilizando mecanismo roto orbital (nosso caso uma lixadeira Bosch GEX 150 AVE) utilizando:
  • Boina de espuma laranja de corte agressivo + composto polidor NSWAX Extra Forte.
  • Boina de espuma lustradora preta super macia + composto removedor de hologramas 2 em 1 X-Fine.
Vídeo 6: Processo de lixamento, polimento com politriz roto orbital e disco jeans para remoção de marcas de lixa, polimento de quinas e áreas localizadas de difícil acesso com politriz rotativa e boinas de espuma menores utilizando:
  • Lixa para polimento P2500.
  • Boinas de lã agressiva, espuma agressiva, espuma de refino, espuma lustradora, interface hookit 3 polegadas e disco jeans para roto orbital.
  • Compostos polidores NSWAX Extra Forte, Ninja 3 em 1, Massa de Polir Triplo Poder de Corte, X-Fine.

Vídeo 6 Parte 2: Polimento com politriz roto orbital e disco jeans (refinando marcas de lixa P2500 com politriz roto orbital) utilizando:
  • Interface Hookit "rodrigogsi" 3 polegadas.
  • Disco jeans "rodrigogsi" 3 polegadas.
  • Massa de Polir Triplo Poder de Corte NSWAX.
  • Boina de espuma agressiva laranja 3" + composto polidor NSWAX Extra Forte.

Vídeo 7: Acabamento final manual utilizando cera e vitrificador de pintura utilizando:
  • Cera Cristalizadora de Pintura NSWAX.
  • Vitrificador de Pintura à base de sílica de vidro (à base de solvente) NSWAX.

O 8º vídeo da série ainda não foi feito, e irá englobar um bate papo sanando dúvidas frequentes apresentadas por vocês nos comentários e emails recebidos relacionados à pintura queimada.

Notas: 
  1. Lixamento em último caso, evite ao máximo lixar uma pintura nesse estado, pois você pode estar trabalhando em cima de uma camada muito fina de verniz pu ou tinta pu. O lixamento não irá facilitar o trabalho e não trará nenhum beneficio no processo inicial, muito pelo contrário.
  2. Nem sempre uma pintura queimada poderá ser completamente recuperada, manchas podem aparecer devido à alta degradação da pintura, portanto muito cuidado ao polir um carro nesse estado.
  3. Utilize sempre os produtos menos abrasivos que puder, para degradar ao minimo a pintura para obter o acabamento final.
Essa série mostrou o passo à passo completo para a revitalização e cristalização de uma pintura automotiva que necessitava de um polimento utilizando o polimento manual, polimento com politriz rotativa convencional e com politriz roto orbital (em forma de bônus utilizando a lixadeira GEX), além do processo de uso de cera cristalizadora e vitrificador de pintura.

Espero que tenham gostado do apanhado geral contendo a lista dos produtos e organizando os vídeos de maneira centralizada.

Se você gostou dos produtos NSWAX, visite o site www.rodrigogsi.com.br e entre em contato conosco para adquiri-los.

Forte abraço e muito obrigado!

Os diferentes tipos de massa automotiva e princípios de uso: Massa rápida / acrílica, massa plástica e massa poliéster - Quando usar cada uma delas? Como usar? Quais as diferenças entre elas?

Olá pessoal, tudo bem?

Muitas pessoas me enviam dúvidas sobre uso de massa nos reparos, não só automotivos na área de funilaria e pintura, mas também na área de micro pintura e até mesmo na construção civil e marcenaria. Nesse artigo iremos debater bastante o tema "massa para correção de defeitos", seja ela para uso automotivo (o qual é o nosso foco principal) ou em outras áreas.

Bom, primeiro de tudo, para que serve a massa automotiva?

Para correção de pequenas imperfeições na chapa, riscos profundos na lataria, pequenos amassados, pequenas batidas de pedra e danos mais profundos que em geral não são removidos com o uso de primers (fundos de pintura).

Como aplicamos a massa?

Normalmente com os seguintes acessórios:


  • Espátula celuloide: O mais comum mecanismo de aplicação da massa, sendo levemente flexível ao ponto de preencher bem a maioria dos médios danos que precisamos reparar. Facilmente encontrado em lojas de tinta.
  • Espátulas rígidas: Utilizadas normalmente para preenchimentos localizados aonde visamos um enchimento localizado em áreas completamente planas.
  • Espátulas de silicone flexível: São as famosas espátulas de cozinha, utilizadas com massas mais suaves como acrílica e rápida, à fim de preencher pontualmente pequenos danos e riscos. Amplamente utilizada na área de micro pintura.
  • Bisnagas com pontas: Utilizadas para preenchimento de união entre chapas de aço, frestas em madeira, emendas de pias de granito e etc, aonde precisamos selar as áreas para evitar infiltrações de água ou dar acabamento antes da pintura. Também utilizada para preenchimento localizado de riscos em áreas onduladas, como nas quinas dos veículos.
Quais os tipos de massa disponíveis no mercado?

Basicamente podemos dividir a massa automotiva em 3 grupos:
  1. Massa Rápida (Massa Kombi Filler, Massa Acrílica, Massa para Pequenos Reparos): São massas no geral com alto poder de preenchimento e alto padrão de acabamento para danos pontuais e pequenos, cobrindo perfeitamente sem produzir um acabamento poroso. Não são catalisadas, ou seja, secam por evaporação e são mais sensíveis à danos após o reparo. No uso em repintura, na maioria dos casos (para a maioria das marcas) devem ser aplicadas sempre após o uso do fundo ou composto que isole a chapa. Se aplicada em grande quantidade e em excesso, poderá trincar e se desprender facilmente da pintura, sendo muito mais sensível e suscetível à trincas que podem causar os famosos pés de galinha após a pintura.
  2. Massa Plástica: A evolução da massa rápida. Esta massa já é catalisada e normalmente possuí um catalisador líquido. A massa obrigatoriamente deve ser utilizada com o catalisador, sendo ambos misturados na proporção correta para o correto funcionamento. Em geral podem ser aplicadas na chapa nua e em superfícies devidamente lixadas. Possuí alto poder de preenchimento porém certo grau de porosidade após o uso. O lixamento é mais duro do que o de massas rápidas. Deve ser aplicada em até 5 minutos após a catalise, caso contrário ela irá secar e não poderá ser mais aplicada, perdendo aderência e capacidade de preenchimento, por ficar dura demais para uso. Seca em aproximadamente uma hora e possuí leve grau de flexibilidade. Se aplicada em excesso, pode trincar facilmente assim como a massa rápida, porém sua aderência é maior. São mais resistentes e possuem maior aderência que as massas do grupo "rápida".
  3. Massa Poliéster: A massa poliéster também é catalisada, porém o mecanismo de catalise é com um composto semelhante à massa, sendo mais fácil de utilizar do que a massa plástica com catalisador líquido, por ter seu mecanismo de mistura mais intuitivo e fácil. O catalisador normalmente vem em uma bisnaga. A vantagem da massa poliéster é, em termos gerais, possuir um acabamento mais fino e mais flexível do que a massa plástica, mais versátil, podendo ser utilizada inclusive no reparo de peças plásticas em áreas maiores do que a massa plástica. Embora seja mencionado que seu acabamento é mais fino que o da massa plástica, isso não deixa de fora o fato de ser uma massa com acabamento mais rústico que a massa rápida.
Agora que já temos uma visão geral sobre os 3 grupos principais de massa automotiva, aonde cada uma delas se encaixa?

Massa Rápida Massa Kombi Filler, Massa Acrílica, Massa para Pequenos Reparos

Nos dias de hoje, dizemos que o Fundo (primer) PU faz a substituição desse componente na área da repintura automotiva. Antigamente a massa rápida era utilizada para tapar os poros e eliminar pequenas imperfeições do lixamento e aplicação da massa plástica. Muitos reparadores faziam o uso da massa rápida como meio de isolar a camada de massa plástica antes da repintura, seja para usar um fundo universal ou até mesmo partir diretamente para a pintura.
Portanto: A massa rápida não deve mais ser utilizada como meio de eliminação de imperfeições do uso de outras massas e compostos, esse processo fica à cargo do Fundo PU de enchimento ou isolamento (na maioria dos casos). 

Todavia, a massa rápida ainda é uma aliada para reparos que passaram batidos após a aplicação e lixamento do fundo pu no processo de pintura (sem a necessidade de reaplicação do fundo, por já ter uma coloração próxima ao fundo na maioria dos casos), ou em peças aonde precisamos remover pequenos danos pontuais antes de fazer a pintura sem exposição da chapa. Um dica de uso muito interessante é para remover pequenas marcas e riscos em borrachões e frisos laterais automotivos, como poderemos ver nos vídeos que serão postados no final do artigo. Outra finalidade para o uso da massa rápida é na área de micro pintura automotiva, servindo como mecanismo de preenchimento de riscos profundos antes de fazermos o reparo com tinta e verniz, por possuir lixamento muito fácil e alto poder de acabamento e preenchimento, evitando o aspecto poroso da massa plástica e poliéster, podendo inclusive na maioria dos casos ser aplicada e lixada uma única vez (dando o acabamento final em uma única aplicação). É uma massa muito suave para ser utilizada, de fácil aplicação e lixamento.

Não é recomendada para preenchimento em danos médios ou grandes, como pequenas ondulações de chapa com áreas ligeiramente grandes, pois possuí uma aderência menor do que as massas catalisadas, sendo também mais sensível ao destacamento.

Disponível em bisnagas e em latas, recomendo para uso pequeno (esporadicamente) a bisnaga pois a massa presente na lata tende a secar facilmente se não utilizada em um período de tempo razoável, ou seja, caso você use poucas quantidades regularmente abrindo e fechando lata diversas vezes, o ideal é utilizar a bisnaga pois ela se conserva por um período de tempo muito maior para o uso.

Massa Plástica:

Esse tipo de massa já exige mais paciência e atenção no uso, por ser um composto catalisado que se utilizado incorretamente, lhe trará problemas de aderência e dificuldade de aplicação e acabamento incorreto. O preenchimento é prejudicado conforme a massa vai secando no momento do uso, isso causa falhas de acabamento e até mesmo buracos.

Qual é a dica de uso? Catalisar pequenas partes de massa. Aplicar sempre em uma passada, evitando espatular muito a massa no reparo. Utilizar toda a quantidade de massa catalisada em até 5 minutos após a catalise. Obedeça muito bem a quantidade de massa e catalisador que deve ser utilizado junto com a massa plástica.

A massa plástica, ao contrário da massa rápida, pode ser utilizada para preenchimentos maiores na área de funilaria e pintura, além de ser amplamente utilizada no ramo residencial para vedação de diversas peças na área interna e externa, por possuir alta resistência a intempéries e alto poder de aderência. Pode também na maioria dos casos ser utilizada diretamente sobre a chapa nua na repintura automotiva, e em qualquer outro processo de reparo em chapas devidamente lixadas e preparadas para receber a massa. Possuí alto poder de enchimento, porém, para danos pequenos e pequenos riscos como os tratados em micro pintura, ela não é a melhor opção pois normalmente necessita de mais de uma aplicação para dar um padrão de acabamento desejado (uma demão, lixamento, outra demão cruzada seguida enfim do lixamento e acabamento final). Por secar por reação química, normalmente está pronta para lixamento antes da massa rápida. Na maioria dos casos ela irá secar em um período de uma hora.

Uma desvantagem é o fato de que na maioria dos casos os catalisadores são líquidos, dificultando a catalise intuitiva. Para isso, precisamos utilizar balanças para pesar e catalisar corretamente a massa conforme o vídeo abaixo:



O seu uso é muito versátil. Pode ser aplicada na maioria das peças da carroceria de um veículo, em vedações em construção civil e em peças que não vão sofrer torção e não necessitam de flexibilidade. É a massa mais fácil de se encontrar em lojas não só de artigos para pintura automotiva, mas também em materiais de construção à um preço convidativo, se tornando uma excelente opção ao famoso silicone e compostos mais fracos (não catalisados) para unir peças como calhas, tapar buracos em telhados e etc. É mais rígida para lixar do que a massa rápida.

Massa Poliéster:

A evolução da massa plástica, disponível em várias marcas e até mesmo com diversos padrões de acabamento e coloração. Se diferencia da massa plástica por ser mais fácil de utilizar e catalisar. Possuí em geral maior flexibilidade do que a massa plástica e o tempo de uso após catalisada é o mesmo (cerca de 5 minutos), embora na maioria dos casos tenha o processo de secagem mais rápido do que a massa plástica.

Utilizada nos mesmos cenários que a massa plástica, pode também ser utilizada em pequenos reparos de peças plásticas como para-choque e saias laterais automotivas.

O seu valor é normalmente maior do que a massa plástica, sendo um material mais focado à área de reparos automotivos. Não é fácil de se achar em lojas não especializadas, devido ao seu maior custo e até mesmo à embalagens normalmente maiores do que as de massa plástica.

Pode ser aplicada sobre a chapa nua ou em áreas devidamente lixadas no processo de repintura automotiva, possuí alto poder de aderência e alta resistência à intempéries e solventes após completamente seca.

Agora, vamos refletir sobre o uso de cada uma delas.

Massa Rápida:
  • Reparei uma pintura, ao final do lixamento do fundo, descobri um pequeno risco ou uma pequena porosidade da massa poliéster que não saiu no lixamento. Devo voltar à aplicar fundo? Não necessariamente. Você pode aplicar e lixar pontualmente a massa rápida ou acrílica para pequenos reparos, fazendo o lixamento com lixas P400 ou P600 e acabamento com P600 ou P800, sem a necessidade de reaplicar fundo na área da massa.
  • Micro pintura automotiva: Se você aplicar a massa plástica ou poliéster, o lixamento deverá ser efetuado com lixas mais grossas e a porosidade irá comprometer o reparo. Fatalmente você irá estender a área do reparo e irá necessitar de retoque.
Vídeos de reparos efetuados com massa rápida e massa kombi filler:

Exemplo de possível reparo após aplicação do PFV (preto fosco vinílico) ou Fundo PU:


Exemplo de reparo em massa poliéster e riscos de lima:


Exemplo de reparo em escorrido de pintura:



Exemplo de reparo em escorrido de fundo PU:




Exemplo de reparo em micro pintura automotiva:


Massa plástica ou poliéster:
  • Remoção de pequenos amassados e ondulações de reparos em chapas na repintura automotiva.
  • Reparos em para-choques e peças plásticas.
  • Reparos de danos em peças que serão repintadas ou retocadas com técnicas tradicionais (exceto micro retoques da área de micro pintura).
  • Vedações externas.
Exemplo de como utilizar a massa poliéster / plástica, lixar manualmente, lixar com politriz e lixadeira roto orbital:






Como catalisar a massa plástica corretamente:


Como preparar a chapa ou peça para aplicar a massa poliéster ou plástica? 

Utilize lixas P220 ou mais agressivas.

Lixamento e acabamento:
  • Massa Rápida e derivadas: Por ser muito mais suave e proporcionar um alto controle na aplicação, podemos utilizar as mesmas lixas utilizadas para o lixamento do fundo PU, que seriam as P320, P400, P600 e P800.
  • Massa Plástica, Poliéster e derivadas: Por serem massas mais rígidas, normalmente fazemos o lixamento com lixas P220 (existem casos de rebarbas excessivas que podemos utilizar uma P120 ou P180 e finalizamos com a P220).
Wash Primer: Antes ou depois da massa poliéster?

Uma das dúvidas frequentes é relacionada à aplicação de massa poliéster sobre a chapa nua ou com wash primer.
Segundo a maioria dos fabricantes, a massa poliéster pode ser aplicada na chapa nua ou preparada, sem grandes problemas.
Portanto: Eu uso diretamente na lata quando exposta (por exemplo nos vídeos dos reparos com a spotter) e faço o uso do wash primer após o lixamento e acabamento da massa poliéster.
Tem dúvidas sobre o que é wash primer e como ele funciona? Clique aqui e confira tudo sobre o tema! ( http://rodrigogsi.blogspot.com/2017/07/camadas-de-produtos-de-pintura-automotiva-como-analisar-a-pintura-antes-de-polir-nocoes-basicas-de-pintura-para-polidores.html )
O wash primer pode ser aplicado até mesmo por cima da massa poliéster, não existe reação adversa com a massa.

Confira no vídeo abaixo como usar o wash primer:

https://www.youtube.com/watch?v=RIBrM1zup_w

Cuidado com o lixamento de massa poliéster com lixas d'água!

Na peça de testes abaixo, à qual uso para fazer vídeos de demonstração para o canal, simulei 2 cenários comuns para quem faz esses trabalhos de pintura automotiva quando tem tempo livre:

1. Uso de lixas d'água para lixar massa aplicada diretamente na chapa nua.


A massa automotiva, especialmente à poliéster, é levemente porosa. A chance de infiltração de água é muito grande durante os reparos. Tal infiltração, mesmo que minima e por tempo muito curto, irá iniciar o processo de oxidação da chapa por debaixo da massa.

O resultado disso irá aparecer no decorrer dos meses após o reparo. Se você lixar e já pintar, não irá notar tão rápido, porém os resultados serão sentidos após alguns meses de reparo.

O que irá acontecer?

A tinta / massa irá se desprender da peça facilmente, devido à ferrugem que se instalou debaixo das camadas de massa, tinta, fundo e etc.
Em alguns casos serão notados pontos de oxidação mínimos, por debaixo da tinta, verniz e etc, os quais você não irá remover sem fazer a repintura completa da peça.

2. Exposição das áreas de massa poliéster e massa kombi filler à ação do tempo, sem isolamento pelo fundo.


Aqui a infiltração de umidade poderá ser devido à exposição prolongada das áreas de massa à ação do tempo, mesmo que sem pegar chuva, somente com umidade do ar, uso de panos úmidos para limpeza com frequência, uso de água para lavagem da peça com frequência e etc.

Por isso o recomendado é fazer essas etapas de reparação e já isolar com fundo, mesmo que localizadamente, como fizemos na série de funilaria e pintura.
Assim você minimiza ou isola a chance de infiltração nas áreas de massa automotiva.

Vale lembrar que, na série funilaria e pintura automotiva, os 2 cenários acima foram forçados, ou seja:

Fiz o lixamento com água para ensinar vocês como fazer o lixamento à base d'água usando a politriz roto orbital. Confira o vídeo clicando aqui!

A chapa ficou exposta por mais de 12 meses à ação do tempo, recebendo inclusive chuva em baixa intensidade, sendo limpa com pano úmido e etc com frequência.

Ferrugem por baixo da massa / fundo pu após lixamento base d'água.

Portanto, muito cuidado ao parar os reparos em seu carro e não tomar os devidos cuidados com as áreas de chapa exposta (nua) e massa aplicada após reparos pois você pode ter trabalho com a ferrugem que irá atingir esses pontos.

Qual a solução quando a ferrugem está por baixo da massa?

Lixar tudo até remover por completo a ferrugem e reaplicar a massa.

Vale lembrar que, como falo nos vídeos, caso a área de aplicação da massa poliéster seja uma área com uma base sólida, tal como tinta pu, verniz pu, fundo pu e etc, a chance de ocorrer infiltração é praticamente nula.

Ou seja, caso você esteja pintando uma peça que você "queimou na lixa", não há problemas em usar o lixamento à úmido nas áreas que aplicar massa, porém, deixe sempre a peça secar muito bem antes de aplicar o fundo e fazer a pintura.

Para remover a ferrugem localizadamente eu recomendo o uso de discos no padrão streap tease.

Ainda tem dúvidas sobre as diferenças entre as massas rápidas e massas catalisadas? Assista ao vídeo abaixo sobre outros aspectos e diferenças entre as massas automotivas.


Nota: Danos e amassados profundos devem ser tratados com repuxo, e não com massa, por dificuldade de acabamento.

Tentei reunir todo o meu material sobre massa e seus respectivos cenários de uso e aplicações práticas e teóricas, espero que tenham gostado do artigo e se gostaram, não deixem de escrever seu recado para nós e sugerir novos temas.

Forte abraço e até a próxima!



domingo, 19 de abril de 2015

Faça Você Mesmo Funilaria e Pintura: Curso online em Vídeo Aulas Parte 15: Resultado final, limitações do processo de reparo, problemas e soluções.

Olá pessoal. 

Chegamos ao fim do processo aonde demonstramos o uso de diversos produtos utilizados na área de repintura automotiva, além de diversos pontos de atenção e detalhes, tais como:

  • Lixas adequadas para cada etapa do reparo.
  • Mecanismos de lixamento manual e com lixadeira roto orbital.
  • Acessórios básicos para lixamento.
  • Composto anti corrosivo preto fosco vinílico.
  • Correções com massa rápida.
  • Correções com massa poliéster.
  • Limites do uso da massa para correções grandes.
  • Fundo Primer PU (Altos Sólidos).
  • Compressor de ar, filtro de ar, pistola de pintura.
  • Tinta PU (Altos Sólidos).
  • Como usar a pistola de pintura.
  • Como fazer uma repintura automotiva.
  • Defeitos comuns do processo de repintura automotiva.
  • Erros comuns do processo de repintura.
Com esse apanhadão geral, pudemos não só ver os benefícios de cada produto e cada fase, mas também os limites de uso de cada um deles, especialmente da massa poliéster na correção de amassados como os apresentados na nossa peça repintada.

Vamos ao vídeo?



O que virá pela frente?

Agora, iremos trabalhar o processo de polimento em repintura, conhecido também como "Polimento Técnico em Repintura". Este novo tema será abordado detalhadamente como sempre abordamos no canal.

Ao final dessa série, espero que você não só tenha aprendido sobre o processo de repintura, mas principalmente sobre as limitações e erros que podem acontecer no processo, tendo uma visão mais abrangente sobre o que podemos tratar com mecanismos mais simples e o que não podemos, bem como o uso correto de todos os produtos que apresentei nos vídeos.


E mais pra frente ainda, o que teremos?

Retoque de pintura e recuperação de para-choques!

Lembre-se: Pintura é prática, o conhecimento teórico é excelente para evitar erros comuns e aprender a utilizar os produtos da maneira correta, porém, a prática é o que lhe dará segurança e conhecimento para fazer os reparos com qualidade cada vez melhor.

Espero que tenham gostado de toda essa série, meu forte abraço e muito obrigado!

Deixo aqui meu MUITO OBRIGADO ao meu amigo Marcelo Tonella, que foi a pessoa que me deu a base e alicerce para iniciar nesta área tão gostosa de pintura automotiva. Forte abraço Tonella e família! Parabéns pelo seu trabalho, lhe desejo muita saúde e sucesso!

domingo, 12 de abril de 2015

Faça Você Mesmo Funilaria e Pintura: Curso online em Vídeo Aulas Parte 13 e 14: Como usar tinta Automotiva PU? Como pintar corretamente com pistola de pintura e compressor de ar? Como usar a pistola de pintura?

Olá pessoal. 

Chegamos na etapa da pintura da peça na qual aprendemos a utilizar todos os compostos básicos da área de pintura / repintura automotiva.

Nesse momento, vale a pena ressaltar que o cuidado com o ajuste e uso da pistola de pintura é algo fundamental para um acabamento bom sem escorridos e excesso de casca de laranja.

Utilizaremos a Tinta PU (GM Preto Liszt) para fazer a pintura. A Tinta PU, também conhecida como Altos Sólidos, possuí o mesmo funcionamento do Verniz PU, porém possuí a pigmentação que dá a coloração e brilho final à peça, sem necessitar usar o verniz para abrir brilho na peça.

Portanto: Aplica-se verniz na pintura com tinta pu? Não! Não utilizamos verniz após aplicação de tinta pu.

Adianta dar 4, 5, 6 ... 10 demãos de tinta na peça para aumentar a resistência, durabilidade ou até profundidade de brilho? Isso adianta?

Não! A camada de tinta será tão grossa que facilmente irá ter problemas relacionados a cura (secagem da tinta) e também irá trincar facilmente em qualquer esforço e dilatação. Isso não aumenta a profundidade e nem o brilho da pintura.

Aprendemos anteriormente os aspectos sobre o uso e regulagem da pistola de pintura para os mais diversos compostos e produtos, agora vamos rever alguns aspectos básicos sobre como pintar a peça e também os detalhes completos do uso da tinta pu para a pintura automotiva.

Vídeo 1: Técnicas de uso da Pistola de Pintura e Compressor de Ar e Detalhes sobre a Tinta PU.




Vídeo 2: Demonstração prática de como pintar uma peça.



Estas técnicas são aplicáveis em qualquer tipo de pintura, com qualquer composto, variando apenas o mecanismo de uso dos produtos e regulagens da pistola adequadas ao produto em questão.

No próximo post veremos o acabamento final da peça e dicas finais sobre o processo, bem como o inicio da conversa sobre o processo de polimento técnico em repintura.

Um abraço e até a próxima! 

Obrigado.

domingo, 5 de abril de 2015

Faça Você Mesmo Funilaria e Pintura: Curso online em Vídeo Aulas Parte 12 - Como Lixar Primer Fundo PU (Altos Sólidos) utilizando lixas à base d'água.

Olá pessoal, tudo bem?

Neste capítulo iremos abordar o tema "lixamento de fundo primer pu" utilizando tacos de borracha macios para lixamento com lixas a base d'água.

Quais as vantagens em utilizar lixas a base d'água neste processo?

Muitas pessoas acreditam que o uso do lixamento à base d'água é mais limpo, sendo essa uma das vantagens. Pelo pouco contato que tenho com a área de repintura automotiva, pude notar que o uso de lixas d'água proporcionam um acabamento mais fino nas peças em que estamos trabalhando, outro ponto positivo para este mecanismo de lixamento.

Quais as desvantagens de utilizar lixas d'água?

O uso da água é o primeiro ponto, o que deve ser feito sempre com moderação, aproveitando ao máximo possível a quantidade de água utilizada. Por isso recomendo sempre o uso de borrifadores.
Em segundo lugar o desgaste da lixa. A lixa d'água perde sua eficiência mais rápido do que as lixas à seco. Em terceiro, o uso da água em áreas de chapa exposta e lixamento grosso (com maior poder de desbaste), pois favorece o surgimento de oxidação.
Em quarto lugar temos o ponto da água penetrar na massa, especialmente poliéster e plástica, por ter maior quantidade de poros, favorecendo infiltrações que poderão trazer danos ao processo de repintura, tais como surgimento de bolhas, mapeamento e descascamento de tinta / verniz ou fundo.

Por esses motivos que faço o uso do lixamento à base d'água somente após a aplicação do fundo na peça em que estamos reparando.

Vamos ao vídeo?



Lixa utilizada: P600.

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No próximo vídeo já estaremos finalizando o processo de recuperação da peça dando inicio à pintura.

Um abraço e até a próxima!